Hábito









Hábito
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I

Aquela noite sacumbiu
morta amorfa de outra
ondo o soro do vinho
se esqueceu dos astros
na linha caída do abstrato



II


Se a esperança
não estivesse neutra
seria sábio
como um passáro
no canto efémero


III


Abreviados os caminhos
sarilhos cicatrizados
do mesmo ser 
de eterno saber
falsa glória em vão


IV


Outra ilha seria o ouro
outra volta do mesmo nada
compassado do mesmo ter
e saber que sem a cruz
do mesmo fado


V


Isso sempre se saberia
se a eternidade não bebe-se
o tempo que mata deuses
e civivizações compostas
dos vermes que revolvem



Marginal Neblina AMP Espinho 24022019

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