balanço balancinho balancete (dei as fodas da minha vida com uma toc)

 


O sentido da vida é mais que o conjunto da materialização dos sonhos.

Se o conjunto é o destino, o que o compreende como intervalo é o fado.

O fado tem essa coisa de errante perante essa certeza da morte. É fatal.


Há dez anos vivia um quadro difícil mais fácil que este.

Era trabalhador rural por subsistência. Se o destino tem hora marcada quando morremos também o tem quando nascemos. Li o mestre saramago a falar do amor dos artesões. Do amor que as mão moldam. Nunca tive nem tenho futuro como artista quer por casta maldita quer por habilitações e se vos servir de alguma coisa coisa por não acreditar nessa merda para nada.

Afirmam por aí que sou o maior profissional na profissão que tive antes por me reformar por não conseguir ser um ser social de norma. Continua o roubo de sempre que nunca

me dei ao trabalho de cobrar.


Um pouco atrás. Há dez anos decidi ser um artesão,

alguém que modela sonhos nas disciplinas que pratico.

Levam o pão por perfidez e Deus deu-mo por castigo. Não por vaidade.


Esse mundo onde ostentam as minhas ossadas é feito de exploração das tribos indígenas por ostentação das matérias primas nobres, não que querendo fazer de falso juiz quanto aos possíveis sentimentos.


Nem uma caneta verdadeira me venderam por ostentismo burguês e tribal.

Acabei mais de vinte em cartões apanhados no lixo. Já vos contei por aqui que consigo viver sem a falsa glória mas sem arte não. Nem eu sou obrigado a gostar do que faço assim por alienação.

Levam o mal na moeda o bem cá ficará.

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