Os fins da História

 




Era uma vez uma vez quase talvez

tão quase talvez que tinha altivez

e o senhor que a tinha era tão poderoso

que fazia dobrar qualquer valentoso

um dia carpia nova determinação

aldrabando os eixos sem condição

e os homens temerosos faziam reinação

da mentira imposta como nação

pensando que caos era próprio de deus

fazendo dos homens ordem de deuses ateus

lá perto um homem da colina

cantava o fado da sua sina

e o ateu poderoso perguntou-lhe por a lira

que cantava bela sem medo da ira

logo corrompeu o canto do lugar

fazendo faustoso um jugo de o condenar

o simples disse-lhe qual o motivo

de um pensamento o fazer altivo

Era uma vez uma vez quase talvez

tão quase talvez que tinha altivez

e o senhor que a tinha era tão poderoso

que fazia a vida semblar horroroso

no défice aflito sem governação

motivo perdido da variação

motivo dessa história

perder interesse para a estória


marginal neblina

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