natavitat

 


Há uns anos viva no Porto uma vida tecnicamente perfeita comum a quem faz pela vida duma maneira ordinal. Tinha dinheiro para a casa a mulher e os amigos e tudo o que um homem normal pode querer ter mas era o filho da puta mais infeliz do mundo. Tinha dinheiro para correr.


Tinha abandonado Deus Pai em meia dúzia de mentiras chaves para ter essa vida, rezava aos anjos já sem esperança por ela.

Fui educado como católico e uma noite conversei com um irmão Baptista. Enrolamos um charro sentados na santidade num pátio dum restaurante tripeiro e abri-lhe o meu coração. As religiões monoteístas seguem o mesmo Deus; o Cristianismo, o Judaísmo, os Batistas e os Muçulmanos com diferentes profetas e messias.

O meu companheiro de conversa tinha idade para ser meu avô, falamos de muitas coisas mas digo-vos a parte importante que tocou.

A vida é feita de escolhas e quando não escolhemos alguém decide o que não queremos por nós. Ou pactuamos com a escolha da indiferença sem a responsabilidade dela. O deixa andar é diferente de navegar.

Mas será a escolha a salvação?

A escolha é a salvação quando assumimos todos os lados da escolha.

Não mudei a vida com a escolha num dia ainda acordo todos os dias com ela. Mas escolho como perguntaram.

Assumi as minhas mentiras com o tempo, endireitei as varedas com a ajuda de Deus Pai pedia-lhe sempre Paz e não Odiar. Voltei ao seu caminho.

Não escolhi a escolha mais fácil  e lucrativa de uma boa vida mas a escolha correta duma vida boa. Aos olhos dos falsos justos nada disto importa vivem no falso manto da fachada como se Deus fosse um corno do Diabo que sabe tudo e não houvesse perdão.

Ainda vivo com esperança da paz da justiça no meu coração.

Escolhi a árdua estrada de me ter assumido como erro e vivo-a (a vida) na esperança de um dia ter e me dar o perdão a mim mesmo.

A vida não são nada que mudanças e quem não muda com ela não muda com nada.

 

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