A pérola só




Beatriz vendia charutos e peservativos num clube nocturno. Desta vez não havia fumo e até mesmo os musicos e a bailarinas tinham ido passar a consoada com a família. Era Noite de Natal.


Sua mãe tinha sido prostituta e ela também mas já estava com o corpo demasiado rodado para os clientes sedosos de mais juventude. Não havia ninguém, estavam todos com as famílias e ela vivia a verdade da solidão. A sua miséria não era do dia, era do sempre. Bateram à porta e entrou um cavalheiro explicou-lhe que não havia ninguém que estava só e ele disse-lhe que vinha por ela. Que raio de homem virá por mim nesta noite em que não vem ninguém.

- Porque não tiras o chapeu e a capa, põe-te confortável...homem dum raio só tu para me desamparares a solidão esta noite! Mas afinal quem es tú?
- Eu sou o Reis dos Reis!
Beatriz olhas para as suas vestes explendorosas e ainda ficou mais confusa.
- Homem sou a mais humilde das putas nem companhia tenho....
- Só vim porque sois humilde....
- Ó homem ainda te solto a navalha - mostrando-lhe a liga.
- Eu sei que não és sozinha....
- Não sou?
- Não...trazes-me no teu coração!
- Ó homem não me venhas com essas tretas....
- O Rei dos Reis apenas rege quem é livre...
- Eu sou escrava da miséria.
- Mas tens-me a mim no coração....
As veste de cavalheiro arderam e um homem humilde saíu delas era Jesus Cristo Nosso Senhor...
- Tu vives em mim desde que eu nasci...
Beatriz ajoelhou-se e a figura brilhou e desapareceu.Beatriz fechou o clube foi para o seu albergue e fitou a estrela do Oriente pela janela e disse para sí mesmo chorando como uma Madalena.
- O Evangelho é para os que o acreditam e creditam.

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