estado quieto

 



O meu ser cultural não era possível sem a segunda revolução industrial a que trouxe a era dos baby-bommers e a cultura juvenil imortalizada pelos gatos do beco nova-yorquinos em 53. Houve dinheiro para os rapazes e raparigas poderem ir à escola alguns trocos para gasolina comix e discos.

Na era da terceira revolução industrial ao mais que corrente a da robotização o lazer tornou-se ócio mais que negocio e as minhas dúvidas intelectuais ganham outra forma. Quem não consegue por exemplo tirar uma fotografia bonita ou mesmo um filme? A tecnologia está aí para todos.

Esse ócio consome 25 km2 por um kilo de metais preciosos para tintas e artefactos. O petróleo está sempre a arder, as imagens sempre a consumirem-se. Madeiras, penas, ossos...etc...acreditamos nisso por flash ou por adoração, ás vezes é verdade. Do pó ás cinzas...quem e o que nos salva? Vocês sabem...

Pensava sempre em desistir por fazer o mesmo que toda a gente e procurar originalidade nisso. Não estou interessado em mercado de arte embora pode-se resolver duma ou de outra forma como um caralho qualquer resolver a vida nisso. Não estou interessado no decorativo e perdi o interesse por a massificação.

Explico-vos isto não como forma de insulto mas como forma da consciência da arte que acredito.

Talvez haja algo de naif em tudo isto mas futilidade não. Dessa forma sabatina em que construo o manifesto acredito que comunicar (semear a semente boa e frontosa) é a lei maior talvez um dia seja outra coisa qualquer que mude por si mesmo por acreditar na mudança. O malnão está só nas coisas e nos outros mas também começa em nós nos outros eus...



"A vida não é mais que mudanças

e se não mudarmos com elas não mudamos com nada"

THE LAST POETS


é sempre a mesma merda

mas não basta a mesma merda de sempre

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