codex
Codex
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a)
Traves do silêncio
que a citara corre de ouro
em neblinas antigas
onde os mortos vivem
I
Há algo de errado
na espera do relógio
no entanto ele
bate pulsarmente
como o coração
num solavanco
do finito
que querem
do infinito
II
Cabem as cores
nesse prisma
separadas
no espectro
num solavanco
necessário
à sabedoria
das pedradas
sem mácula
III
Desnecessário
seriam as palavras
sem o lapidar
do seu gesto
indutivo
do canto livre
que as amou
no seu livre
baptismo
b)
Qual será a obra
a variação do entrave
ou o entrave da variação
no obscurísmo
na fel determinativa
I
O templo
leva a mágoa
no consolo
em mim cântico
Cister aconchego
perto de Deus
perto das horas
perto do disto
lugar
II
Estranheza
da procura
se faz da dúvida
certeza errante
da agonia
de ter o novo
de novo
por novidade
saldos de soldados
III
E um século
é pesado
como uma ogiva
conversa de compassos
linguagem temporal
ligamentos
e hinos
da mesma cruz
dessas naves
c)
As trevas virão em busca da luz
num consumo obstinado
do tridente usurpador
e o ponto que fecha o céu
é propriedade do criador
I
Embora
virá a minha
morte
nesse sentido
dos sentidos
e serei então
manta-morta
memória
de algum saber
II
O inferno
do dantes
será agora
um passo
de outra espera
duma alma
que será julgada
livre
sem corpo
III
E o amanhecer
ditara
que tudo isto
não foi em vão
porque o amor
vencerá
a maquina
que deus terminou
no mesmo fim
marginal neblina
espinho
16112021
amp
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