ante o partir do mesmo dia








Fito as vagas na imensidão cosmica das marés. Se teus cabelos nessa lua.

Já não há dor no vazio, já não há vazio no nada, e nada sem remorsos. Sei da leitura das linhas das mãos que estou velho. Aniquilam-se as veias à supremecia de escorreitar a vida. 
E ela nunca entende na gravidez mesmo no sentido dessa morte.

Estou vago nessa vaga, nem dor de memória doí em mim. 

O lamento leva-o o mar na razão sentida da imensidão que sou sem nenhum porto.

O que persigo nisto tudo além da nitidez. Engulo a raiva, rezo a novena 
e cuspo silêncio ante o partir do mesmo dia.

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