as pedras
Hoje celebro os meus 49 anos. Nunca fui de festas passei metade da vida a dormir e outra metade na fuga. Encontrei paz em grande sofrimento perdido na prisão e num jogo esquizofrénico psicotico onde acordei ferido na falta há espera de quem não vei-o.
Sei que a vida é menos importante que isso por ter nascido e ainda mais importante que isso porque vou morrer.
O que sei desta solidão é o quão importante é saber estar sozinho, não estar só, estar sozinho. Ouvir parar antes que o abismo seja o próximo passo em frente para o confirmar.
Nestes anos abracei acho que de vez a revolução cristã por o perdão verdadeiro não por o masoquismo. Não o dou a quem não o quer, e não o espero de quem não o queira.
Cristo é a promessa do ser casto sem casta, do valor altruísta e de fraternidade verdadeira neste jugo opressivo civilizacional. O primeiro libertário livre da opressão do sangue.
São estas as palavras que partilho convosco antes que a vida traga mais um ano com uma nova promessa de vida.
Comentários
Enviar um comentário