libellum Obitu - poema
libellum Obitu
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I
A liberdade
assassinada
de ventre aberto
como depois
de violada
II
As carpideiras
choram sempre
a morte
quase nunca
o ser
III
E da tomada
ensenguentada
pede-se à virtude
que aconteça
mais que o padecer
IV
De outra hora
que não determine
a lei mortal
de se servir
post calvinismo
V
Não desfaço
o contrato
no ter inviolável
desse pó asceta
que nos remete
VI
A franquia
é a apenas
porte falso
no real manter
de toda abóboda
VII
Mareado Areado
estrela do mar
em cinta volta
nos teus cabelos
em lágrimas
VIII
E os astros
palco definado
de nos entreter-mos
com o indefinito
por sempre crença
IX
Cobre-me manto
da fatal esperança
hoje percecção
da eternidade
nas voltas das rochas
X
Vive o pulsar
que tudo
entrega
na mágoa certa
de tudo ruir
Marginal Neblina AMP Espinho 24022018
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