Who got a ticket to ride




Há uns anos depois da minha primeira noite atribulada Londrina para onde fui sem saber uma morada, um hotel ou outra coisa qualquer desenhava no café duma estação de metro antes de ir procurar um abrigo definitivo para ficar.

Aproximou-se um senhor com alguma idade olhou-me, olhou os desenhos e ofereceu-se para os comprar. Na altura ainda tinha inocência que tenho hoje mas não a desilusão e ofereci-me para lhe oferecer o desenho que tanto gostou desenhado a ceras num bloco traicional do Porto (ainda tenho o bloco e os desenhos algures por aí nos meus montes).

Estranhei a insistência de apenas o querer comprar se eu o oferecia, como não cedi virou costas e foi embora. Sei que quando se vende um desenho a pessoa fica com o direito a o repruzir (tema) conforme quiser, soube-o muitos anos depois na altura era um pequeno (como sempre fui mais ordenado menos ordenado) gráfico e fazia da arte uma coisa fabulada sem mercado.

Nunca mais dei um desenho ( para aí um ou outro) nem a conhecidos nem a estranhos por não os perceberem na sua essência...

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