O estigma obsoleto do progresso . para a Joana Pais








Começava a década quarenta do século passado. A Europa estava a combater a Segunda Guerra Mundial. Todos os países tinham minas de vulframio  mas não tinham paz para o recolher e os homens a combater na guerra. O vulfranio servia e serve para detonar as bombas.

Em Portugal teimava-se na guerra de não entrar para a guerra e as pessoas viviam em paz sob o mercado negro das necessidades. Em dezenas de lugares surgiram minas de vulfranio que pagavam a a pax e a fome. Crianças, velhos, homens e mulheres apanhavam vulframio  por subsistência e paz. Foi o que o progresso da Guerra trouxe. E ainda mais. Rios poluídos, vales detonados e doenças cancerígenas por gerações.

Já não há guerra, nós mesmo mergulhamos numa guerra (a colonial) por excedentes de dinheiro e uma tentativa desesperada de controlar as matérias primas, assim o tinha sido a quando do mapa cor-de-rosa e a futura implantação da Republica., assediadas pelos impérios resultantes da implantação do Muro de Berlim.

O Progresso em si não é uma coisa má, não senhora.

Mau é quando confundimos o progresso da necessidade com o progresso mongolóide da necessidade de lucro.

Ou seja um atavio em economia semântica não é a própria necessidade de o ter.

Um carro que ande é compreensível....agora um carro que custe mais dois mil euros depois de se tornar economicamente obsoleto por gastar gasolina de mais com uma maneta automática para mudar as estações de rádio é um estojo de coca bem ao estilo .

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