o conteúdo pornografico
Muitas tardes quebrei o por-do-sol. Não por obstinação da magia mas por o sossego do termino.
Por vezes conversava com um puto (que já é adulto) amigo meu chamado Pedro Santos, de profissão filosofo no sentido contínuo da intelectualidade, disse-lhe que um dia as suas chaves sistemáticas viriam com maturidade.
Um dia contou-me nas nossas habituais sessões de pancadaria, de como era engraçado excitarmos-nos com pornografia, não há hormonas, não contacto. Disse-me que seria uma forma de espelho. Eu acrescento o sonho da semelhança.
Quero eu dizer que o sentido da informação não é mais que a cultura (no sentido de clarificar e classificar não só o prazer mas o acto artístico).
60% dos conteúdos da internet são pornográficos. O sentido racional da banalidade explora os mesmos, não que uma notícia deixe de ser notícia (porque se for nunca deixa), mas porque a perfeição interpolada caí por sí.
Ou seja uma criança desnutrida mostrada pornograficamente nas notícias à hora do jantar não deixa de passar fome.
E Midas tocou-se. Foda-se.
Claro! Uma coisa é pensar a ética e a estética para manter o erro outra para nos auto-reprovarmos.
Umas mãos na cara por o fim do paraíso se houver vergonha.
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