Carta Aberta aos Estudantes da Universidade de Coimbra
Espinho 19092019
Começo por vos explicar que há vinte anos depois da crise das vacas loucas começada por haver vestígios de alimentação humana na cadeia alimentar animal comecei a preocupar-me mais com a minha alimentação.
Na altura a minha companheira â beira de umas tantas anemias regressada de China abusava da carne vermelha para se tentar curar com a vitamina B12 das suas maleitas, A minha relação acabou e dei comigo de novo nos subúrbios à procura de uma e mais razões para a minha vida e um dia acordei e fiquei em estado de choque (como vocês também) com os resultados da minha pegada ecológica apesar de andar de bicicleta e de transportes públicos.
Ou seja há coisas trágicas, uma couve não plantada no circuito metropolitano é tão suja e poluente como a carne vermelha. Logísticas transportes refrigeração.
Se contrabalançares as produções da cantina com hortas publicas e locais, se na escola agricúla de São Martinho do Bispo houver carne biológica vermelha certificada internamente sem grande esforços resolves o problema e mantens a tua cultura alimentar milenar a dieta mediterrânica se a substituíres por algo pérfido industrial. Onde se pode estudar e aplicar os estudos.
A alimentação não é razão nem em caso de sobrevivência é cultura e amor.
O teste da pegada não é adaptado aos valores do nosso país. Pensem, diz-vos alguém que sempre amou o saber da cidade mais do que o poder cabotino fascista, trabalhei sem dinheiro no campo cinco anos pelo amor ao estilo de vida e ao saber verdadeiro.
Até uma proxima
Neblina
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