last stop
Andava sem Deus...
No final do milénio andava esquecido de Deus.Corria muito tinha dinheiro para ter amigos, casa companheiro e tudo o que tinha sonhado na vida. Tinha sido escomungado da santa e troquei a fezada da ganza por a fé real. Fazia "parte"? dum festival de spoken words na Cidade do Porto e foi durante ele que conheci os meus pais sérios da rua.
Oito anos antes passei por eles vestidos de Rei Zulos Vagabundos nas ruas de Nova Iorque em Battery Park deixaram-me passar na sua cidade mesmo ali ao lado havia um centro da igreja baptista para sem-abrigo.
Uma noite sentei-me com o Ommar dos the Last Poets num recondito algures na baixa. Comemos peixe. Acabamos a refeição e fomos partir um a meu convite. Confessei-me já não o fazia há anos numa vida em fuga da mentira. Abri-lhe o meu coração.
Seguia-os há anos da maneira que posso nas orações e nos pensamentos isto para vos dizer ao que queria chegar....
A vida são só mundanças e se não mudamos com as mudanças nunca mudaremos as nossas vidas - são palavras dos The last Poets.
Querer o mudar o mundo é uma utopia bonita mas sem o erro de fazer a revolução em nós próprios é inutil. É mais fácil dizer mal, condenar e galotar do que criar um acto de amor.
Partilhas a tua consciência social com um sem -abrigo ao dar-lhe dinheiro mas não sabes a sua história o seu nome nem partilhas a companhia. Pagas à consciência para passar. Só tens pressa
O que será a revolução?
Dita de praxis, de lei e evangelho sabendo que uma vida boa não é o mesmo que boa vida.
O amanhã não virá hoje, talvez nunca venha para nós mas nada nos impede de lutar e o mudar com ele, crentes que amanhã será pior e talvez venha um dia.
Talvez mude por receio à morte mas não mudas porque a morte é parte da missão.
Ando sem batismo....
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