a utopia da arte sem condição





Confesso que nunca mais me dei ao trabalho de ir a um salão burguês para fazer seja o que for. Se dizem mal de mim por afirmação contínua não devem querer lá a emporcalhar os vestidos com os dentes partidos por a sua máfia.


Não me dou ao trabalho de suportar gente que antes de fazer o que é paga para fazerem o querem.


Ainda me dava ao trabalho de ir inocentemente ao museu municipal, desligavam as luzes depois do sol se por. Desisti.

Em 2001 foi convidado a fazer uma manual cultural para o evento por o Jornal O Publico 250.000
exemplares duma revista feita em seis ou sete dias. Lá para o final perguntaram por graffitis e cenas da tribo hip hop a qual acompanhava. Fiquei apreensivo e expliquei que tinha medo da prostituição gratuita, um homem da Casa especialista da cultura explicou-me duma forma simples e sincera de que se a arte é pública assim se assume, concordei humildemente mas mesmo assim fui castigado por a tribo como se fosse um ditador Nazi ou Estalinista que só queria mandar e eu nunca mandei em ninguém, nem ás gajas que vou ao pito.


Há gente que confunde poder com vingança. Fui ver um inocente espectáculo de rua pago por as minhas contribuições e mandaram-se sair.

Será a arte dos alunos públicos?

O ditador tomou conta das vossas vidas, da minha não.


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