ad lex sed absurdis
Desengane-se quem lutou contra o poder de Fátima nem mais uma beata para o chão!
Bem posto isto vou-me exprimir sagradamente por o direito democrático, que por ser tão direito por vezes cai no absurdo regular.
Se as próprias bancadas são divididas e constituídas por vários espectros políticos quando equacionamos uma lei não só deveremos edificar o politicamente correcto mas também debater ética e esteticamente as questões.
Recordo-me por exemplo da lei do aborto até as 12 semanas gestativas legal e em pratica com todo o pessoal medico administrativo e o igual equipamento em todos os hospitais do país, ou quase todos e não registos de abortos nos hospitais públicos continuando imperativamente a serem feitos à socapa clandestinamente e ilegalmente por força da vida publica ser maior que a razão da lei.
Para que fazemos leis se não as assumimos. Uma coisa é o pensamos ser outra o que somos. Também é valido para mim em todo caso.
Não passou mais uma vez a lei da barriga de alugueres, não estou a ver uma mulher com valores de esquerda a pagar a exploração monetária dum corpo para ter filhos com milhares para adoptar no dorso civil. Consigo imaginar uma mulher de direita a pagar para o fazer.
Mas o absurdo da lei é que nem derivação tem, se se pode discutir valores na venda dum corpo, uma forma de prostituição maternal na pratica, e se não há etica ou estética que reprove a situação não cabo na vergonha como cidadão de se fazerem lei dessas. Passa-se facturas?
A Ilha de utopia afundou perfeita.
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